Imagem capa - Não faço parte de concursos de fotografia!  por Aline Evelin
Narrativas

Não faço parte de concursos de fotografia!

Por algum tempo estive afastada dos badalados concursos de fotografia pois já não sabia mais se me faziam bem

(ao proporcionar energia, reconhecimento), 

ou se faziam mal (por afastar do real propósito da fotografia:

buscar essência, histórias preciosas PARA os meus seres HUMANOS).


Não posso negar que a visibilidade de estar na indicação de Fotógrafo (a) do ano Brasil (em 2017),

pela Inspiration Awards, tenha sido um dos fatores que aumentaram a autoestima para, enfim,

abrir a minha marca pessoal de Fotografias Preciosas.

Aquela expectativa de ver cada nova coleção de fotos premiadas, o orgulho de participar do Oscar da Fotografia,

o Lente de Ouro, as tantas amizades do mundo dos fotógrafos que fiz Brasil a fora.

Do Piauí ao Rio de Janeiro, de BH, São José do Rio Preto ao Jalapão.

Todas estas pessoas, de todos esses lugares eu reverencio a oportunidade de ser vista através de cada selo conquistado nas fotografias de casamento.  


Foram experiências que honram a minha trajetória profissional, que honram o meu passado. 

Que enaltecem profissionais do mundo à fora, que dão oportunidade de crescer e expandir.  


Mas enfim, viver um detox do MEU próprio ego

(tem haver exclusivamente comigo e não com os concursos em si) 

em busca de um eu verdadeiro foi essencial! 

Tem sido incrível fazer o meu trabalho de forma “serena e amorosa”

(conforme diz a minha amiga Laís Barbieri) sem pensar à quem.

Apenas sentir esta conexão com quem está na minha frente vivendo o “nosso presente”, o “nosso agora”!


Eu bem estava de namoro com a Fineart Association, em especial porque existe um propósito por trás da sua existência. 

E também porque o dono da Associação, Wellington Fugisse, foi uma das pessoas que me abraçaram no instante 

(que nem sei se ele sabe) em que descobri que havia a necessidade de voar sozinha...

Há algumas semanas quando recebi o e-mail falando sobre o 

Concurso Especial Portrait, me senti chamada justamente porque no momento em que reconheci se tratar apenas de Retratos, percebi que os meus nunca foram pensados para receber qualquer reconhecimento, não à mim, mas sim desenvolver reconhecimentos das pessoas que sentam neste meu banquinho azul de trinta anos... 

Enfim, fazia sentido VOLTAR AOS CONCURSOS OUTRA VEZ

e colocar algumas destas imagens à prova de um outro olhar como consequência de existirem. 


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Ontem à noite me senti uma criança comemorando quando vi a primeira imagem,

a face da querida Aline Schierholt tão etérea.



Será que existe algo mais potente que se possa falar do que que fala esse olhar?
Então eu diria: apenas contemple e não queira mudar porque é uma beleza que vem de dentro.
Não queira vesti-la…
Não queira pintar-la de rosa…
Só olhe e sinta.

Ande conosco descalços e perceba a textura nos pés que percorrem livres, sem preconceitos.
Sinta os aromas, ouça com atenção cada suspiro.
Ela expira um som tão alto quanto divino, uma expressão sonora do mais puro contentamento.

As transformações da nossa vida são naturais.
Há beleza nesses poucos fios brancos que a Aline Schierholt exibe no auge da sua vida adulta e cheia de responsabilidades leves.
Quem sabe em alguns anos serão muitos fios brancos até perder da conta, e se assim forem serão tão lindos e amados.

Se ama e se aceita para receber ao outro de coração aberto e feliz.

Olhar de anjo que cuida.



Meu marido Josias estava ao meu lado também numa alegria, uma felicidade tão grande! 

Depois vimos que eram duas quando eu rolei o mouse para baixo e vi a imagem do meu sogro, todo vaidoso. 

Minutos depois quando Sr. Nelso Mazzurana ficou sabendo disse que eu só havia recebido os selos por ter sido com o rosto dele.




Retrato do escritor.

Sr. Nelso Mazzurana é muito sério, principalmente ao que se refere a sua índole. Correto, pontual e engajado em vários projetos sociais, é um homem forte que superou muitos obstáculos com garra!

Ao mesmo tempo esse é o ser com o maior semblante de vô bonzinho que as próximas gerações aqui da minha casa terão.
Homem bom, se relaciona com todo mundo à sua volta, adora dar risadas das histórias mais simples!

Nós escolhemos fazer esse retrato na escola "das Campinas" onde ele lecionou e deu aulas para o filho, da terceira à quinta série, as melhores lembranças da infância livre do meu marido.

Escritor, Sr. Nelso se dedicou à vida de ensino e agora se prepara para o lançamento de mais um novo título, cheio de cores, música e energia!



Então vimos a terceira foto, de uma amiga tão querida, a Malu Mattos, conheço ela desde a infância. 

Fotografia originada de uma sessão de fotos comercial que fizemos dela com os seus doces maravilhosos. 



Uma família inteira por trás de um sorriso.
Geração após geração se perpetuou até a chegada da Malu, a primeira neta.
Fala tranquila, caminhar sereno, um bom humor nato, assim como também percebe-se que é nato o propósito de fazer outras famílias felizes com o bom gosto e jeitinho de transformar momentos em experiências “mais doces”.

E o primeiro trabalho da, ainda menina loirinha de olhos claros, que vendia docinhos na rua, virou uma profissão.
Confeiteira de mão cheia!
Ela desenvolveu sua carreira na gastronomia, graduada e comprometida em oferecer o melhor.

O gosto de toda a família pela cozinha passou a ser um lindo hábito de servir aos outros com sua comida que traz apetite só de olhar - e quando apreciada enche não só os olhos, mas a alma de tanto carinho e amor!
É uma comida que reúne o seu DNA em volta da mesa nos preparos e, ao mesmo tempo, traz união também para quem tem o prazer de saborear esta arte!



E então chegamos a quarta imagem, o Retrato da Dinara Gomes

O primeiro retrato da (nossa) história feito no primeiro click ;)



Quanto tempo é necessário para fazer uma foto?
Um retrato é a representação da personalidade de um indivíduo.
Existem pessoas que passam a vida “tentando se encontrar”, para essas uma foto de verdade pode demorar um certo tempo.
Outros seres chegam a “um estado de espírito” que o que transparece é breve, rápido, como o som de disparo da câmera no primeiro de uns 300 cliques.
E essa imagem foi a primeira.
A Dinara Castro é uma mulher profunda, tão forte quanto serena, leve e cheia de paz.
Esse olhar penetrante é de uma das pessoas com a essência mais suave e natural que se conhece.

Pouca maquiagem, ao fundo o lugar que escolheu para criar sua pequena filha aos embalos do carrinho de mão.
Esta aura de paz, de alguém que fez muito, mas muito bem para a vida de tantas pessoas já!
Ela está cheia de energia, cheia de ideias, e os meus desejos são de que ela sempre esteja nessa linda harmonia que encanta.

Nós duas estamos abertas a infinitas possibilidades!
E nesse exato instante do disparo do obturador fomos na mesma direção!



Quanto mais a gente agradece mais coisa boa acontece!

E para essa nova etapa que estou aberta a receber, a gratidão por cada oportunidade que vivi com a

Beth Esquinatti Fotografia com Poesia é fundamental.

Eu honro tudo o que veio antes e que faz parte da minha formação.  

Além disso, o incentivo do Evandro Veiga e do Diego Frigo 

não poderiam deixar de aparecer. 

Muito obrigada amigos!

Muito obrigada a cada uma das personalidades que se permitiram

viver comigo esta evolução por trás das câmeras. 

Eu aprendi muito nas nossas conversas pelo Whatts planejando cada Retrato, 

aprendi caminhando no silêncio da natureza numa manhã se sol, 

eu aprendi muito sobre mim ao escutar sobre cada um de vocês.


Que seja uma nova realidade de reverência a narrativa que estamos construindo!