Conceitual
Histórias Preciosas do Cotidiano de Ricardo e Camilla
ELE:
“Nos tornamos o que estamos fazendo. ”
Entre as labaredas mãos chamuscadas de um trabalho bruto, autêntico e cheio de arte.
Foram necessários muitos cruzeiros pelos céus para que Ricardo Socoloski, no passado um aviador, se encontrasse na beleza da cutelaria artesã feita da forma mais orgânica e rudimentar aplicada ao termo.
Conhecimento milenar para forjar aço em facas preciosas.
Um trabalho tão minucioso naquela dança do fogo que encanta, ao mesmo tempo um barulho que se faz silenciar em paz no meio das montanhas e riachos cristalinos onde o jovem rapaz escolheu viver com sua esposa Camilla.
O isolamento que faz alusão ao tipo de morada indígena foi uma forma de transformar uma rotina exaustiva em uma vida com propósito e, poderia se dizer até “minimalista” se Ricardo gostasse de rótulos, mas não.
Ele prefere não estereotipar.
Ao invés disso que bonita escolha de ser.
Certamente se tornou no que está fazendo.
Um homem do mato que tem como tela de fundo valores fortes e reais em homenagem às suas raízes.
ELA:
Abandonar a cidade.
Morar no mato.
E tudo aquilo que morava dentro dela se multiplicou.
A vontade de ser ainda mais feminina manifestou-se.
Enquanto outros se escondem na natureza, ela deixou que os tons de verde embrenhassem em suas veias, suas mãos suaves e delicadas, seu corpo e na epiderme nova que vibra saúde, vibra paz - daquela que não compreendia-se antes em meio ao trânsito, os prédios e o barulho que agora silenciou.
Deixar aquele passado para trás oportunizou um renascer.
Deusa da beleza Camilla Stock mudou de profissão e hoje proporciona experiências como massoterapeuta, com o seu toque, com o carinho e profundidade que invadem a alma.
Ela anda de bicicleta, faz yoga e admira o sol se pôr e depois nascer de novo no quarto com a vista mais linda da natureza, em meio aos tecidos esvoaçantes, que aliás dizem muito sobre essa tal vida interiorana que escolheu vestir…
Sobre a sensibilidade, a fragilidade…
Vaidade de ser mulher.
UM:
Os contrastes do masculino e o feminino destas duas personalidades se une em um ponto: essência.
Eles vivem tão intensamente o “estar de corpo presente” naquilo que fazem que,
para quem fica admirando de fora,
parece dois tipos muito distintos de meditação.
Cotidianos tão cheios de cuidados e rituais, cada um da sua forma.
E o mais poético momento do dia talvez seja justamente a hora de retornar ao novo lar,
ainda inacabado mas tão perfeito.
Desconectar de toda a vida lá fora e assim fazer valer o que faz muito sentido para o jovem casal que resolveu mudar a rota e escrever capítulos que muitos de nós gostaríamos de compartilhar.
Fotografia e edição: Aline Evelin
Auxiliar de fotografia: Jean Carlos Dal Castel
História das marcas: Teepee Montain Blades e da Essência Centro Terapêutico